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Recife, Boa Viagem PE, Brazil
Sou psicóloga,me dedico inteiramente a este meu trabalho. Pós graduanda em Saúde Mental com enfoque em álcool e outras drogas. Abordagem Terapia Cognitiva Comportamental. Atendo em Aldeia,Ilha do Leite, Boa Viagem e Gravatá. (81)9963-3553

segunda-feira, 28 de março de 2011

Pesquisas mostram benefícios da música para saúde

Segundo especialistas, a música pode ajudar no tratamento de algumas condições de saúde.
A música é usada para tratar doenças desde a Antiguidade, mas os primeiros artigos sobre os efeitos dela no corpo humano foram publicados apenas no século XVIII. Desde então o assunto vem sendo estudado no meio científico, mas sem grandes descobertas.
Hoje em dia já se sabe que melodias agradáveis induzem a liberação de substancias no corpo que causam sensação de prazer e bem estar. Mas aparentemente ainda existe muito para ser estudado sobre o efeito da música nas pessoas.

A música no tratamento de vítimas de derrame cerebral

Recentemente foi descoberto por um grupo de neurocientistas da Universidade de Helsinki na Finlândia, que até mesmo vítimas de derrames cerebrais podem ser beneficiadas com o uso de melodias. Ao constatarem que elas estimulam o sistema nervoso das pessoas, eles perceberam que a música ativa várias áreas do cérebro simultaneamente, até mesmo aquelas danificadas pelo derrame, acelerando o processo de recuperação.
A descoberta foi feita através de um experimento relativamente simples. Cerca de 60 pacientes que haviam tido um derrame foram separados em 3 grupos. O primeiro foi orientado a escutar música, o segundo a escutar livros gravados em fita e o terceiro recebeu apenas o tratamento comum.
Depois de três meses de experimento os especialistas perceberam que a memória verbal do grupo que escutou música melhorou 60%. Já os que escutaram livros gravados 18% e 29% dos que estavam apenas fazendo o tratamento tradicional.
Também a habilidade de resolver conflitos foi diferente entre os grupos. Não houve evolução no segundo e no terceiro, mas no dos pacientes que escutaram música regularmente houve uma melhora de 17%.
Com resultados tão expressivos, o experimento comprova que escutar música no tratamento das seqüelas de um derrame pode ajudar na recuperação do paciente e prevenir a depressão.

A música ajudando a aliviar as dores crônicas

Além do derrame, também as dores crônicas são tratadas com música. Uma pesquisa feita em 2006 nos Estados Unidos pela instituição “Cleveland Clinic Foundation”, descobriu que pacientes tratados com melodias tiveram uma redução 21% maior nas suas dores que os que não ouviam música.
A maioria das 60 pessoas que participaram do experimento relatou que a dor que sentiam antes da musicoterapia atingia várias partes do corpo e era ininterrupta. Todos tinham doenças como a osteoartrite, problemas de hérnia de disco e artrite reumática há mais de 6 anos.

A música como analgésico na recuperação pós-cirúrgica

Essa descoberta se relaciona diretamente com um estudo feito por um residente médico de Harvard, Claudius Conrad. Nele, o residente sugere que a música pode exercer efeitos sedativos e até mesmo a cura por meio da estimulação de um hormônio.
No último mês de dezembro, Conrad publicou um artigo no jornal “Critical Care Medicine”, que revela uma resposta fisiológica à música em pacientes que estavam em tratamento pós-cirúrgico. Ao escutarem Mozart depois que o efeito dos sedativos não agia mais, eles tiveram um tipo de aceleração no hormônio pituritário de crescimento, que é determinante para acura de enfermidades.
A conseqüência disso foi uma redução na pressão sanguínea e nos batimentos cardíacos dos pacientes. Além disso, houve uma menor necessidade deles usarem analgésicos e houve uma queda em alguns dos principais hormônios ligados ao estresse.
Considerando que todas essas descobertas ainda são muito recentes para os parâmetros científicos, a música ainda interpreta um papel coadjuvante na ciência e no tratamento de doentes. Apesar disso, tudo indica que os pesquisadores ainda aprenderão muito com as melodias.
Fonte: Banco de Saúde

domingo, 27 de março de 2011

Verdades e Mitos Sobre o crack

O crack gera dependência logo na primeira experiência. Verdade ou mito?


Mito. Apesar de ser absorvido quase totalmente pelo organismo, apenas o uso recorrente do crack causa dependência. Diferentemente de outras drogas, entretanto, o crack causa sensações intensas e desagradáveis quando seus efeitos passam, o que leva o usuário a repetir o uso. Esta repetição, junto com o efeito potente da droga, leva o usuário a ficar dependente de forma mais rápida.


Mito. O crack foi considerado inicialmente uma droga “de rua”. Por ser barata e inibir a fome, muitos moradores de rua e pessoas em situação de miséria recorrem à droga como medida paliativa. O contexto social do usuário também é um fator agravante - é mais comum uma pessoa se tornar usuária de crack quando o meio social facilita o acesso. Apesar disso, hoje o crack atinge todas as camadas sociais.

O usuário corre mais risco de contrair DSTs/AIDS. Verdade ou mito?


Verdade. Isso ocorre porque os usuários da droga costumam adotar comportamentos de risco, como praticar sexo sem proteção. Influenciados pela necessidade de consumir o crack, muitos usuários crônicos também recorrem à prostituição para conseguir a droga.

“Meu filho consome crack e eu penso em denunciar o traficante. Nesse caso, meu filho será penalizado também”. Verdade ou mito?


Mito. A pessoa que denunciar o traficante tem sua identidade preservada pelas autoridades policiais, portanto, seu filho usuário não será exposto. Porém, apesar da lei de drogas prever que o uso de drogas não seja punido com restrição de liberdade, o porte de drogas continua sendo crime no Brasil.

O médico é obrigado a notificar a polícia quando atende um usuário em situação de intoxicação aguda. Verdade ou mito?


Mito. A legislação brasileira não obriga profissionais da área médica a notificar a polícia sobre os atendimentos realizados a usuários de drogas em situação de intoxicação aguda. As autoridades policiais são chamadas apenas em casos extremos, em que o comportamento do paciente põe em risco sua própria integridade física ou a saúde de terceiros.

O crack é um problema dos grandes centros urbanos. Verdade ou mito?


Mito. O crack é amplamente consumido na região de São Paulo e avançou rapidamente para a maioria dos grandes centros urbanos de todo o país. Porém, já existem relatos de cidades do interior e mesmo de zonas rurais afetadas por problemas relacionados ao tráfico e consumo desta substância.

O crack é pior que a maconha e a cocaína. Verdade ou mito?


Verdade. O crack e a maconha são drogas com efeitos diferentes. Uma vez que o crack deixa o indivíduo mais impulsivo e agitado, e gera dependência e fissura de forma intensa, ele termina tendo um impacto maior sobre a saúde e as outras instâncias da vida do indivíduo do que, em geral, se observa com a maconha. Em relação à cocaína, apesar de serem drogas com a mesma origem, o efeito do crack é mais potente do que a cocaína inalada. Por ser fumado, o crack é absorvido de forma mais rápida e passa quase que integralmente à corrente sanguínea e ao cérebro, o que potencializa sua ação no organismo.

O crack sempre faz mal à saúde. Verdade ou mito?


 
Verdade. O uso dessa droga compromete o comportamento como um todo. Por ser uma substância altamente estimulante, várias funções ficam comprometidas, mas as mais afetadas são a atenção e a concentração, a falta de sono, além de gerar quadros de alucinação e delírio.

 

É possível se livrar do crack. Verdade ou mito?


Verdade. É possível se recuperar da dependência do crack. O usuário deve procurar tratamento adequado e contar com apoio familiar, social e psicológico para superar a dependência química.

O usuário de crack é sempre violento. Verdade ou mito?


Mito. Usuários que já possuem uma tendência à agressividade podem ficar mais violentos quando estão na fase de “fissura” ou abstinência da droga. Apesar de haver sempre uma deterioração das relações sociais, especialmente no ambiente familiar, a violência não é uma conduta padrão.

Usuárias de crack não podem amamentar. Verdade ou mito?


Verdade. Mães usuárias de crack devem receber tratamento imediato com a suspensão do uso da droga e da amamentação durante o período necessário para eliminar as substâncias tóxicas do organismo. Após esse período, e sob supervisão médica, a amamentação está liberada.

O crack também prejudica o feto. Verdade ou mito?

Verdade. O crack prejudica o desenvolvimento do feto por alterar a saúde física da mãe e passar à corrente sanguínea do futuro bebê. Isso pode reduzir o fluxo de oxigênio para o feto, causar graves danos ao sistema nervoso central e alterações nos neurotransmissores cerebrais. Também há maior risco de aborto espontâneo, hemorragias, trabalho de parto prematuro, além de diversas malformações físicas e baixo peso ao nascer.
Bebês de mães usuárias nascem já dependentes. Verdade ou mito?


Mito. Bebês expostos ao crack durante o período fetal não são dependentes da droga. Não há comprovação científica de que eles desenvolvam abstinência na ausência do crack. Os sinais e sintomas que eles podem apresentar durante o período neonatal estão mais relacionados a alterações nas substâncias químicas do cérebro (neurotransmissores), que poderão ser ou não temporárias.
Algumas pessoas têm predisposição genética para se tornar dependente do crack. Verdade ou mito?


Verdade. Existe sim uma predisposição genética à dependência química. No entanto, não somente ao crack, mas a outras substâncias químicas, como o álcool, por exemplo.

Fonte: OBID





Revisão Sistemática - Perfil dos usuários de cocaína e crack no Brasil

LÍGIA BONACIM DUAILIBI
Tese
Esta tese tem como objetivo sintetizar o perfil dos usuários de cocaína e crack no Brasil. Foi construído por meio de revisão da literatura em base de dados (MEDLINE, LILACS e Biblioteca Cochrane), e no Banco de Teses da CAPES. Os dados foram agrupados em categorias temáticas, quais sejam: levantamentos domiciliares nacionais, populações específicas, perfil dos pacientes que procuram tratamento, mortalidade e morbidade. Dentro de cada categoria os principais achados da literatura nacional foram descritos e posteriormente discutidos.  
Os resultados indicam que informações relacionadas ao consumo de cocaína e crack no Brasil ainda são incipientes, mas já temos à disposição da comunidade científica um conjunto teórico relevante que pode ser utilizado visando à atualização das atuais políticas públicas referentes a este tema.

http://www.uniad.org.br/images/stories/pERFIL_DOS_USUARIOS_DE_CRACK_COCAINA.pdf

sábado, 26 de março de 2011

O gato - exercício p/ evitar o Alzheimer‏

Vá clicando nos círculos mais claros, eles ficarão mais escuros.
O objetivo é cercar o gato; não deixá-lo sair das bolinhas.
Para começar, clique no endereço abaixo 









 
Boa sorte mas muita percepção!
Uma boa maneira de fazer o cérebro funcionar E PREVENIR ALZHEIMER ... 

Exercício de Alzheimer!


Vão cair 100 MAÇÃS, você deve juntar no pote,  usando o mouse.
Se coletar 50 MAÇÃS você tem bons reflexos e boa vista!
Se conseguir pegar mais = é  uma grande conquista.
Se você pegar menos, não se PREOCUPE ,o mouse está bom, mas terá que  começar a praticar um pouco mais a  cada dia, para acelerar seus reflexos.
Clique no site abaixo , em seguida, ao abrir o site, clique na maçã para iniciar o jogo.

http://www.ferryhalim.com/orisinal/g2/applegame.htm

Para refletirmos um pouco e nos acostumarmos menos...

Eu sei que a gente se acostuma.
Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

segunda-feira, 21 de março de 2011

               NOSSO CORPO REAGE A TUDO!




Este alerta está colocado na porta de um espaço terapêutico...

O resfriado ocorre quando o corpo não chora.

A garganta fecha quando não é possível comunicar as aflições.

O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.

O diabetes invade quando a solidão dói.

O corpo engorda quando a insatisfação aperta.

A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.

O coração desiste, quando o sentido da vida parece terminar.

A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.

As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.

O peito aperta quando o orgulho escraviza.

O coração enfarta quando chega a ingratidão.

A pressão sobe quando o medo aprisiona.

As neuroses paralisam quando a "criança interna" tiraniza.

O plantio é livre. A colheita, obrigatória.

P.S.: Normalmente, o(s) sintoma(s) ocorre(m) três dias após o "acontecido".

Descubra o que o prejudicou e coloque para fora, em conversa com amigos ou com um profissional, você se cura!
 

Sua saúde e sua vida dependem de suas escolhas!

E ainda: escolha ser feliz!
 
 "Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça de que a felicidade é um sentimento simples,
você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade
."
 
Recebi esse texto, gostei e Postei...bjos



domingo, 20 de março de 2011

XXI Congresso Brasileiro da ABEAD - “Dependências: a integração das políticas públicas com a clínica”

XXI Congresso Brasileiro da ABEAD - “Dependências: a integração das políticas públicas com a clínica”


Data: 08, 09, 10 e 11 de setembro de 2011
Local: Mar Hotel, Recife, Pernambuco. Saiba mais http://www.marhotel.com.br/

Cursos pré-congresso:

§ Empresas, prevenção e tratamento
§ Saúde Pública
§ Tabaco, pesquisa, prevenção
§ Família e Rede Social
§ Publicidade, tabaco e álcool
§ Intervenções e Crack
§ Compulsão
§ Fórum de ensino
§ Enfermagem e alcoolismo


Principais temas:

§ As políticas antidrogas internacionais: o que mudou?
§ Comunidades Terapêuticas: avanços e perspectivas
§ Tabagismo: evidências clínicas
§ Políticas públicas para o álcool
§ Publicidade e drogas lícitas
§ Experiências institucionais e comunitárias na promoção de saúde
§ Redução da Oferta como Política Nacional
§ Redução de Danos: estratégia de aproximação
§ Drogas e cuidados em enfermagem
§ Programa de Saúde da Família e Drogas
§ Atualização em Terapia Cognitivo-Comportamental
§ Prevenção e redes sociais
§ Terapia Comunitária
§ Formação profissional e organização de serviços
§ Políticas empresariais de prevenção e tratamento
§ A importância do papel das universidades


Conferencistas:
§ Adalberto Barreto (CE)
§ Ana Cecília Marques (SP)
§ Ana Simões (PE)
§ Ana Sudária (DF)
§ Analice Gigliotti (RJ)
§ Angelo Campana (RS)
§ Eileen Kaner (UK)
§ Enildes Monteiro (PE)
§ Hermano Tavares (RJ)
§ Ilana Pinsky (SP)
§ Flávio Fontes (PE)
§ Florence Kerr-Côrrea (SP)
§ Irinea Catarino (PE)
§ Jandira Saraiva (PE)
§ Joaquim Melo (RJ)
§ José Francisco de Albuquerque (PE)
§ José Manoel Bertolote (SP)
§ Marcelo Pelizzoli (PE)
§ Marcelo Ribeiro (SP)
§ Marcos Zaleski (SC)
§ Marcus Túlio Caldas (PE)
§ Maria Aparecida Penso (DF)
§ Maria Aurea Bittencourt (PE)
§ Marluce Tavares (PE)
§ Margareth Oliveira (RS)
§ Paulo Knapp (RS)
§ Raul Caetano (USA)
§ Roberta Payá (SP)
§ Roberta Uchoa (PE)
§ Ruy Palhano (MA)
§ Sabrina Presman (RJ)
§ Selene Barreto (RJ)
§ Sérgio de Paula Ramos (RS)
§ Suely Santana (PE)
§ Thomas F. Babor (USA)
§ Thomas MacLellan (USA)
§ Vania Medeiros (PB)

Fonte: ABEAD
Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas

O papel da família no tratamento da dependência química

O papel da família no tratamento da dependência química
O impacto que a família sofre com o uso de drogas por um de seus membros é emocionalmente tão devastador quanto às reações que o usuário de drogas possa ter.
Existem alguns estágios que caracterizam este impacto pelo qual a família de um dependente químico na ativa passa:
Na primeira etapa, ocorre sempre o mecanismo de negação. Ocorre tensão e desentendimento e as pessoas deixam de falar sobre o que realmente pensam e sentem, não admitem e não aceitam que tal fato possa estar acontecendo na sua família, logo na sua família.
  1. Em um segundo momento, a família demonstra extrema preocupação com essa questão e tenta controlar o uso da droga, bem como as suas conseqüências físicas, emocionais, no campo do trabalho e no convívio social. Mentiras e cumplicidades relativas ao uso abusivo de álcool e drogas instauram um clima de segredo familiar. A regra é não falar do assunto, mantendo a terrível ilusão de que as drogas e álcool não estão causando problemas na família.
  2. Na terceira fase, a desorganização da família é imensa. Seus membros assumem papéis rígidos e previsíveis, servindo de facilitadores. As famílias assumem responsabilidades de atos que não são seus, e assim o dependente químico deixa de ter a oportunidade de perceber as conseqüências do abuso de álcool e drogas. É comum ocorrer uma inversão de papéis e funções, como por exemplo, a esposa que passa a assumir todas as responsabilidades de casa em decorrência o alcoolismo do marido, ou a filha mais velha que passa a cuidar dos irmãos em conseqüência do uso de drogas da mãe.
  3. O quarto estágio é caracterizado pela exaustão emocional, podendo surgir graves distúrbios de comportamento e de saúde em todos os membros. A situação fica insuportável, levando ao afastamento entre os membros e gerando desestruturação familiar.
Embora tais estágios definam um padrão do impacto das substâncias, não se pode afirmar que em todas as famílias o processo será o mesmo, mas inevitavelmente existe uma tendência dos familiares de se sentirem culpados e envergonhados por estar nesta situação. Infelizmente, devido a estes sentimentos, muitas vezes a família demora muito tempo para admitir o problema e procurar ajuda externa e profissional, o que leva o problema a ser ainda mais agravado.
Qual o principal objetivo com a família durante a internação de um dependente químico?
O momento da internação de um dependente químico, quase sempre traz não só ao próprio dependente, mas, principalmente à família, sentimentos de dúvidas, medo e insegurança – que acabam gerando muitos conflitos.
Geralmente, o momento da internação foi antecedido por várias tentativas (paliativas) de recuperação com o objetivo de evitar uma internação.  Provavelmente, houve a intenção e a esperança de acertar, mas, infelizmente não deu certo!  Inicia-se então, uma intensa e cansativa busca de um tratamento adequado.  Nesta fase a família já se encontra quase sempre esgotada, desestruturada, sem esperanças e completamente adoecida. Assim sendo, no período de internação do dependente químico deve-se ter como um dos objetivos, a conscientização da família sobre a seriedade da doença da adicção, a dificuldade de vivenciar situações tão destruidoras sozinhos,  e, paralelamente,  alertá-la sobre a importância da busca de mecanismos de ajuda adequados como: profissionais especializados, grupos de apoio (AA, NA, Amor Exigente) etc, que a oriente e  possa prepará-la para conviver adequadamente com esta doença.  Caso contrário, a desordem estabelecida nesta família só vai se agravando.
O que os familiares podem e devem fazer para ajudar?
A família tem um papel extremamente importante na recuperação do dependente químico. Ela não só pode, mas deve ajudar seu ente querido na busca da recuperação de um problema tão grave.
Entretanto, muitas vezes, o desespero e a fragilidade emocional a qual a família é submetida é tão grande que quase sempre a atrapalha de exercer  adequadamente seus papéis.
A família  é fundamental no processo de recuperação e posterior manutenção na medida em que ajuda o dependente químico a resgatar valores, princípios e  auto-estima, mas, ao atuar como facilitadora e com atitudes inadequadas,  poderá ser o disparo, que o levará à recaída de comportamentos, à irresponsabilidade e, certamente, ao uso de substâncias.  A constatação dessa dura realidade, ou seja, o deixar-se vencer pela doença,  poderá levá-lo a sentimentos de menor-valia, desânimo, frustração e descrença na própria capacidade de recuperação.
O que não a família não deve fazer?
Independente do motivo que causou a dependência, a família não deve envergonhar-se , isolar-se, fazer julgamentos e reprovações, apegar-se aos ressentimentos e, muito menos, fingir que o problema não existe.  Estes comportamentos só farão com que se afaste da realidade dos fatos, dificultando e atrasando a busca adequada de soluções para enfrentar a doença.
É de vital  importância que a família não só  entenda, mas que comunique a outros que a dependência química é uma grave doença e que, apesar de ser incurável, progressiva e fatal, há chances de recuperação e manutenção de uma boa qualidade de vida. Quanto mais rápida for a busca da conscientização para um melhor tratamento e  acompanhamento, maiores serão as chances de recuperação. Todos necessitam de ajuda! Neste caso, a família precisa se fortalecer e se reequilibrar.
Porque é importante o trabalho de grupo com as famílias?
O local mais adequado para os familiares encontrarem acolhida, solidariedade e ampliarem seus conhecimentos sobre a doença da adicção é nos grupos de apoio que estão objetivamente focados nas questões da dependência química. Nestes grupos os familiares encontrarão outras pessoas com problemáticas muito semelhantes, buscando soluções e expondo suas experiências vividas. Naturalmente, se forma uma rede de apoio na qual através da troca de idéias e dos testemunhos dos participantes, muitas vezes, torna-se possível entender a necessidade da realização de mudanças de comportamento da própria família e não só ficar na expectativa que apenas o outro, no caso o dependente químico precisa realizar mudanças em busca da recuperação.
Por isso, algumas vezes é necessário que a família encontre, além do trabalho com grupos de ajuda, alternativas tais como: uma terapia individual ou familiar, com o objetivo de facilitar a compreensão e aceitação não só da doença, mas das mudanças quem se fazem necessárias em seus próprios comportamentos.
Muitos fatores de diversas naturezas contribuem para o desenvolvimento da dependência química, no entanto, a organização familiar mantém uma posição de destaque no desenvolvimento e juízo do quadro de dependência química.
Neste sentido, a abordagem familiar deve ser considerada como parte integrante do tratamento e um programa bem sucedido é essencial para um desfecho favorável.

Fonte: Grand House

Reembolso para Psicoterapia pelo plano de saúde

Para aqueles que possuem plano de saúde: a Agência Nacional de Saúde – órgão do governo que regulamenta os planos de saúde – divulgou no ano passado, uma lista com novos procedimentos básicos que os convênios devem cobrir a partir do mês de junho de 2010. Entre eles, estipulou-se que os convênios serão obrigados a pagar 40 sessões de psicoterapia por ano para seus clientes. Antes eram apenas 12 sessões.
Existem algumas ressalvas:
  • Sessões com psicólogo – cobertura obrigatória de 40 consultas/sessões por ano de contrato quando preenchido pelo menos um dos seguintes critérios:
 1- pacientes com diagnóstico de esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes (CID F 20 a F 29); 
2- pacientes com diagnóstico de transtornos da infância e adolescência (CID F 90 a F 98);
3- e pacientes com diagnóstico de transtornos do desenvolvimento psicológico (F80 a F89).
  • Sessão de psicoterapia - cobertura obrigatória de 24 sessões por ano de contrato quando preenchido pelo menos um dos seguintes critérios:
1- pacientes com diagnóstico de transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o “stress” e transtornos somatoformes (CID F40 a F48);
2- pacientes com diagnóstico de síndromes comportamentais associadas a disfunções fisiológicas e a fatores físicos (F 50 a F 59);
3- pacientes com diagnóstico de transtornos do humor (CID F 30 a F 39);
4- e pacientes com diagnóstico de transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de substâncias psicoativas (CID F 10 a F 19).


COMPORTAMENTO SEXUAL DE RISCO E USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOTIVAS

Alessandra Diehl
A associação do uso de substâncias psicoativas (SPA) está intimamente relacionada a comportamentos sexuais de risco, uma vez que elas são capazes de alterar a percepção, o julgamento e o comportamento que podem deixar as pessoas mais suscetíveis a incorrer em comportamentos de risco, tais como fazer sexo desprotegido (sem uso de preservativo) e mais vulnerável a se tornarem vítimas de agressões em geral e violência sexual, pois a capacidade de se defender e de perceber situações de risco também fica prejudicada.
É por todos estes motivos que a sexualidade deve ser parte integrante do processo de recuperação de dependentes químicos e não pode seguir marginalizada, senão invisível na maioria dos centros de recuperação e atenção destinados ao tratamento dos transtornos relacionados ao uso/ abuso e dependência de álcool e outras drogas.

Abaixo seguem três artigos interessantes sobre o tema “comportamento sexual de risco e uso de substâncias psicoativas”. Chamamos a especial atenção para o artigo da Dra. Susan Ramsey publicado em 2010 que versa sobre o vírus HIV em mulheres dependentes químicas uma vez que se trata de uma população extremamente vulnerável e que ainda continua tendo baixa detecção e acesso em serviços de tratamento para abuso/dependência de substâncias psicoativas.
Vulnerabilidades variadas, estigmas, preconceitos, comprometimentos físicos, psíquicos, cognitivos e emocionais, dificuldades sociais, culturais, educacionais, jurídicas e familiares fazem parte da complexidade vivenciada por qualquer segmento de abusadores de álcool e drogas que procura por serviços de saúde, entretanto especialmente em mulheres soropositivas e dependentes químicas estas barreiras podem ser triplicadas pelas vulnerabilidades acrescidas.

Fonte: Blog de Dependencia Quimica Uniad